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Governo realiza cadastramento dos desabrigados para elaborar proposta

Representantes do governo se reuniram com lideranças dos manifestantes nesta segunda (14)

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As dez líderes do movimento organizado pelos desabrigados da reintegração de posse do prédio da Telerj, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro, se reuniram na tarde desta segunda-feira (14) com representantes da prefeitura para tentar estabelecer um acordo. Segundo as lideranças dos manifestantes e representantes de movimentos sociais, a prefeitura pretende realizar um cadastramento dos desalojados para oferecer uma proposta às 9h da próxima terça (15).

Nesta segunda-feira (14), os desabrigados entraram em confronto com guardas municipais em frente à sede da Prefeitura, onde estão acampados desde sexta-feira (11). Os manifestantes fecharam parte da Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do Centro da cidade, e forças policiais usaram bombas de efeito moral para liberar as pistas.

>> Desocupação: manifestantes entram em confronto com a Guarda Municipal

Segundo o militante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) Esteban Crescente, o governo se comprometeu a fazer um registro ainda na segunda-feira de todos os desabrigados. Por volta das 15h os manifestantes já formavam uma longa fila em frente à Prefeitura aguardando um possível ônibus que os levaria até um posto de cadastramento.

O segurança Ed dos Santos, morador de Manguinhos e um dos articuladores dos manifestantes, disse ainda que durante a reunião foi assegurado aos desabrigados o direito de buscarem os pertences que foram perdidos durante a expulsão das pessoas que ocupavam o prédio da Telerj. De acordo com ele, na próxima terça, será assinado um termo de responsabilidade para garantir os acordos firmados com representantes do governo.

Sobre os confrontos com a polícia militar durante a manhã desta segunda-feira (14), uma das líderes dos desabrigados, a dona de casa Francisca de Lima, responsabilizou um grupo isolado. “A confusão não teve nada haver com os moradores que estão aqui, foi um grupo de fora que veio fazer baderna”, alegou a moradora da comunidade Dois de Maio.

Francisca contou ainda que funcionários do Conselho Tutelar estiveram na região ocupada pelos manifestantes por conta da grande quantidade de crianças e adolescentes no local. Segundo ela, foi emitido um salvo-conduto e os manifestantes receberam autorização para continuarem na ocupação com as crianças durante a segunda-feira.

O Jornal do Brasil entrou em contato com representantes da prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.