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Rio: "Segurança na Maré veio para ficar", diz Beltrame

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O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, enviou uma mensagem na manhã deste domingo aos moradores do Complexo da Maré, ocupado desde a madrugada de hoje por Forças de Segurança do Estado. Em um vídeo, Beltrame diz que quer enviar uma mensagem de segurança permanente e que “veio para ficar”.

“Queria dizer aos senhores que as Forças de Segurança Pública chegaram hoje nessas comunidades e não vão mais sair. Os senhores daqui pra frente terão segurança, inicialmente nessa ocupação com as forças de segurança do Estado  – o Estado está sendo protagonista desta ação e daqui a alguns dias, as forças armadas ocuparão até nós retornarmos lá, aí sim, com a inauguração da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora)”, disse o secretário.

Beltrame aproveitou ainda para tranquilizar a comunidade sobre o trabalho da polícia, que teria sido orientada para agir da melhor maneira possível, sem causar traumas no processo de ocupação. “Queria dizer para vocês que os policiais estão orientados a fazer o seu trabalho dentro da legalidade, dentro do respeito, como não pode ser de outra forma”, disse.

Finalizando a breve mensagem, o secretário prometeu dias melhores para a região após a total ocupação e a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora.

Ocupação da Maré

Reduto do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré, na zona norte da capital fluminense, foi ocupado nas primeiras horas deste domingo pelas forças de segurança do Estado no primeiro passo para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região que compreende 15 favelas no total, com aproximadamente 130 mil moradores.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, “as comunidades foram recuperadas pelas forças policiais sem encontrar resistência, o que permitiu o domínio dos pontos planejados dos territórios em 15 minutos”. Policiais continuam nas comunidades em operações de busca de criminosos, apreensões de armas, drogas e objetos roubados.

Participam da operação 1.180 policiais militares de várias unidades, entre elas o Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), além de policiais da Corregedoria Interna da PM. O Bope ocupa as favelas Nova Holanda e Parque União, enquanto que o Batalhão de Choque as outras 13 favelas. Da Polícia Civil, o efetivo no local é de 132 pessoas. Uma base móvel do Instituto Félix Pacheco está instalada no 22º BPM (Maré) para fazer a identificação biométrica de suspeitos.

Além disso, os policiais militares usam 14 blindados disponibilizados pela Marinha e um blindado do Batalhão de Polícia de Choque. Agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal e do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal apoiam a operação.

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, as comunidades que fazem parte do Complexo da Maré e serão ocupadas são: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiros (Salsa&Merengue), Vila do João e Conjunto Esperança.

O intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a entrada do Exército no local, que a exemplo do que ocorreu no complexo de favelas do Alemão, fará a ocupação do local até que o efetivo da Polícia Militar forme o novo efetivo para atuar na Maré – o acordo foi feito junto com ao Ministério da Justiça por intermédio do secretario José Mariano Beltrame e o governador Sérgio Cabral.