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PGR investiga possível desvio de recursos no aluguel de carros da PM-RJ

Cabral é investigado com outros integrantes do governo devido a contratos firmados com CS Brasil

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A Procuradoria Geral da República investiga o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outros integrantes de seu governo para apurar a possibilidade de tráfico de influência em contratos firmados para terceirização da frota da PM. A investigação se baseia em apenas um contrato de 2011, no montante de R$ 490 milhões, mas a fornecedora do serviço, CS Brasil, já teria contratos firmados com o Estado em valor já próximo de R$ 1,2 bilhão. Outros contratos da mesma empresa foram alvo de investigações do Ministério Público por supostas irregularidades, devido a terceirizações firmadas anteriormente com o governo do Estado. O processo corre em segredo de justiça.

Com data de maio de 2013, o documento da Procuradoria Geral da República versa sobre uma possível prática de "ilícito penal", a partir do envolvimento do governador do Rio de Janeiro em "supostas isenções, tráfico de influência, dentre outros". No campo "acusado" aparece Sérgio Cabral e "outros".

O documento, assinado pela subprocuradora geral da República, Lindora Maria Araújo, aponta a possibilidade de "práticas delituosas" por parte do governador, a partir de denúncia anônima recebida por e-mail pela Procuradoria Geral no Estado. O e-mail relatava gastos volumosos com a terceirização de veículos da Polícia Militar. Alguns desses gastos chegavam a ser até três vezes superiores ao praticado no mercado. 

A CS Brasil, continua, forneceria carros à Polícia Militar do Estado do Rio pelo valor de R$ 490 milhões, faz parte do grupo JSL. Ainda de acordo com o processo, como a empresa já havia firmado quatro contratos com o Estado anteriormente, e por isso o contrato em questão deveria trata-se de prorrogação. 

O contrato que a ação se refere no valor de R$ 490 milhões é um dos que foram assinados entre governo e CS Brasil, de 2011. De acordo com reportagens publicada ao longo dos últimos anos, desde que teve início o projeto de terceirização dos veículos da polícia no governo do estado, contratos vem sendo firmados a preços muito acima dos praticados no mercado.  

O JB entrou em contato com a assessoria do governo do Estado do Rio, mas não recebeu retorno, e a PGR não confirmou as informações até o fechamento desta reportagem.