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Bloco com nome irreverente reúne praticantes do montanhismo no Rio

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Blocos com nomes dão margem a duplo sentido, inspiram trocadilhos e soam como cacófatos sempre foram uma das marcas do carnaval de rua da cidade do Rio de Janeiro. É o caso, por exemplo, do bloco dos jornalistas cariocas Imprensa que Eu Gamo, que desfilou sábado, 15 de fevereiro, em Laranjeiras, na zona sul.

Há nove anos, um grupo de montanhistas, atividade que reúne  mais de 700 praticantes regulares no Rio, resolveu criar um bloco de carnaval. A escolha de um nome veio de uma frase, em tom de brincadeira, que resume o objetivo de quem escala uma montanha: Só o Cume Interessa.

No desfile deste ano, na Praia Vermelha, na Urca, o bloco reuniu cerca de 500 adeptos da atividade, muitos com camisetas ou fantasias que faziam alusão a diversos clubes filiados à Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro. De acordo com Emiliano Starosky, que há sete anos pratica o montanhismo, a ideia de criar o bloco partiu de um desses clubes, o Centro Excursionista Guanabara. “Depois, os outros foram aderindo. Hoje os montanhistas cariocas se encontram no Só o Cume Interessa", conta.

Praticante há quatro anos da atividade, a jornalista Sandra Peleias desfilou com a fantasia escolhida por seu clube, o Excursionista Brasileiro (CEB); camisas de presidiários e algemas no braço. “É uma crítica aos políticos corruptos”, disse.

Como todos os montanhistas cariocas, os foliões do Só o Cume Interessa não deixaram de fazer neste sábado o seu programa habitual dos fins de semana. “Antes do bloco, escalamos o Morro da Babilônia e as rochas da Pista Cláudio Coutinho [que margeia o Pão de Açúcar e o Morro da Urca], disse Sandra Peleias. As duas formações rochosas são muito frequentadas pelos praticantes da atividade que tem no Rio de Janeiro, com todas as suas montanhas, um campo ideal.