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Miro Teixeira - um forte candidato ao governo do Rio

Deputado deverá ter apoio de Marina, Campos e até de Aécio 

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A coligação de Marina Silva com Eduardo Campos será um grande suporte para a candidatura de Miro Teixeira ao governo do Rio de Janeiro em 2014. O deputado foi o grande lutador no anonimato pela criação do Rede Sustentabilidade que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro a tempo de disputar as eleições de 2014.

Miro, agora filiado ao recém-criado Partido Republicano da da Ordem Social (Pros), será candidato a governador com apoio de Eduardo Campos e Marina e Silva, podendo ainda ser apoiado por Aécio Neves, que ainda não definiu seu palanque no Rio.

A candidatura de Miro será um privilégio para os cariocas, porque assim teremos um candidato que, em plena ditadura, apoiado por seu padrinho Chagas Freitas - que não perdia eleição no Rio mas que recebia o apoio oculto dos ditadores -, preferiu fazer um célebre discurso em Madureira do que passar por "laranja" da ditadura.

Em seu discurso, no momento mais difícil da vida democrática brasileira, declarou: "Se eleito governador, vou virar a mesa do SNI", sinônimo de repressão e tortura.

Imediatamente, o comando militar da eleição, que tinha o general Newton Cruz, o popular "Nini", como seu comandante, permitiu a seu genro comprar os direitos da revista Cruzeiro para comandar campanha contra Miro Teixeira.

Nos institutos de pesquisa, a senhora Sandra Cavalcanti chegou a ter 60% das intenções de voto no Partido Trabalhista Brasileiro. Miro, então no MDB, crescia e chegava em segundo lugar, com 20 a 25% dos votos.

Este comando militar fez todo o tipo de sujeira e baixaria na campanha contra Miro. A grande imprensa carioca era porta-voz desta destruição.

O grupo militar lançou Moreira Franco numa célebre convenção na Quinta da Boa Vista.

Miro, como se vê, tem antecedentes políticos e ideológicos com uma convicção que lhe permite ser destacado como um dos parlamentares mais dignos do Congresso brasileiro.

Apoiou Brizola quando, constrangido e traído por seu partido, viu que não podia continuar no MDB. Apoiou Lula e não transigiu quando abriu o serviço de telefonia para grupos vindos do exterior, exigindo que respeitassem a legislação brasileira.

Começou a cair. Os poderosos das telecomunicações não queriam Miro Teixeira no ministério. Queriam isso que acontece agora: ninguém consegue falar ao celular, mas paga contas absurdas. Associações de grandes conglomerados desrespeitam até hoje os editais da privatização e o que diz a lei.

Miro Teixeira pode se transformar, com o apoio de todos os segmentos - intelectual, popular e empresarial - um candidato forte ao governo do Rio de Janeiro, onde claramente seu adversário será Anthony Garotinho, vitorioso em duas eleições no Rio mesmo tendo contra a grande imprensa.