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Denúncias e revelações complicam ainda mais Sérgio Cabral

Oposição quer explicação sobre escritório de mulher do governador e Ariadne Coelho lança livro-bomba

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Após as denúncias da revista "Veja" de que a mulher do governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, faturava em seu escritório de advocacia defendendo concessionárias e prestadoras de serviço do Estado do Rio, deputados da oposição anunciaram que vão cobrar explicações solicitando que o Ministério Público investigue as informações reveladas pela revista.

“Os números deixam claro que o número de empresas relacionadas ao estado que passaram a ser clientes do escritório aumentou assustadoramente depois que Cabral assumiu o governo", diz o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Marcelo Freixo (PSOL)Freixo. "Esse enriquecimento beneficia, direta ou indiretamente, o governador, o que fere a lei de improbidade administrativa”, conclui, em depoimento à "Veja".

>> Quer saber o porquê dos protestos? 'Veja' faz mais denúncias contra Cabral 

De acordo com a publicação, um dos exemplos da mudança ocorrida no escritório de Adriana Ancelmo é a inclusão em seu portfólio de causas de ações trabalhistas da Metrô Rio, concessionária estadual do metrô. Levantamento feito pela "Veja" mostrou que, antes de Cabral tomar posse, o escritório de Adriana não defendia a concessionária em processos. Hoje, atua em 197 ações desse tipo.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) falou à revista:  “Há no mínimo uma  competição desigual, porque outros escritórios não têm a relação de proximidade com o governo que ela tem. Não podemos esquecer que estamos falando de concessionárias do estado. Ninguém pode impedir ninguém de exercer sua profissão, mas o que se está discutindo é uma concessionária contratar uma advogada que é a primeira-dama.”

A deputada Janira Rocha (PSOL) também deu seu depoimento à revista: “É, no mínimo, uma imoralidade a primeira-dama ter relações profissionais com concessionárias do estado. O favorecimento está claro. E isso tem que ser apurado em uma CPI”.

Ariadne Coelho faz revelações

Viúva do empresário Jair Coelho, que morreu em 2001, Ariadne está reunindo em um livro histórias de bastidores dos sete anos em que foi casada com o empresário, conhecido como "Rei das Quentinhas". De acordo com reportagem da revista "Veja", a publicação traz denúncias e revelações envolvendo o governo do Estado.

Veja trecho do depoimento que Ariadne deu à revista:

"Como empresário, Jair Coelho foi somente o personagem da hora, aquele que se torna necessário para o sistema funcionar. E foi jogado aos leões quando não era mais interessante aos novos donos do poder estadual. Hoje, quem manda nos contratos públicos atende pelo nome de Arthur Soares, o amigão do governador Sérgio Cabral."