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Protesto contra aumento de passagens termina em confusão no Centro do Rio

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Terminou em confusão a nova manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, que subiram de R$ 2,75 para R$ 2,95 no sábado (8). Nesta segunda-feira (10), por volta das 16h30, cerca de 300 pessoas se reuniram nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, Centro da cidade, onde começou o protesto, inicialmente pacífico.

O ato avançou em direção à Avenida Rio Branco, o que acabou prejudicando o trânsito na via por alguns minutos. Quando o tráfego foi liberado, os manifestantes seguiram para a Rua Araújo Porto Alegre e Avenida Antonio Carlos, onde cercaram um ônibus.

Para dispersar a manifestação, o Batalhão de Choque da Polícia Militar soltou bombas de efeito moral, spray de pimente e balas de borracha, afastando a multidão, o que provocou correria e tumulto nas ruas do Centro do Rio. Em resposta, os ativistas jogaram cocos contra os PMs. Alguns estabelecimentos próximos à Alerj chegaram a fechar as portas.

Mesmo com a repressão do Batalhão de Choque da PM, o protesto chegou a Rua Primeiro de Março, fechada por volta de 18h40. No local, os manifestantes queimaram lixo e entulho e os PMs responderam com spray de pimenta.

A confusão chegou até a Avenida Presidente Vargas, onde aproximadamente 50 PMs utilizaram quase dez bombas de efeito moral, cinco carros blindados e quatro motos para conter a aglomeração. Todas as faixas da via foram fechadas entre a esquina da Rio Branco e a Uruguaiana. 

O trânsito só foi totalmente liberado por volta das 19h10. Não há informações sobre feridos durante o confronto, e por volta das 20h42, havia 31 pessoas detidas pela polícia, que foram encaminhados para a 5ª DP (Gomes Freire-Lapa).

"Manifestantes que estavam presentes no ato encontram-se presos em razão da escalada autoritária e fascista de nossa polícia que criminaliza os movimentos sociais no Rio de Janeiro. Protestar não é crime", afirmou o grupo ativista 'Geração Invencível', por meio das redes sociais.  

Segundo o grupo, na delegacia, advogados do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) e do vereador Renato Cinco (Psol) tentaram negociar a liberação dos ativistas, que se queixaram da reação da polícia.