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Manifestação questiona "privatização" do Maracanã e do Rio

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Cerca de 150 manifestantes caminharam pelas ruas do bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, em protesto contra "a privatização da cidade", como dizem. A caminhada terminou no Estádio Maracanã, palco das finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Eles reclamam do edital de concessão do estádio, que pode ser dada à empresa IMX (do empresário Eike Batista) já no próximo mês. O Maracanã passou neste sábado pela última avaliação operacional da Fifa antes da sua entrega, no dia 27 de abril.

Segundo os manifestantes, a concessionária não vai retornar ao estado o suficiente depois das obras - pela concessão de 35 anos, pagará 33 parcelas de R$ 7 milhões, totalizando R$ 231 milhões, quando o valor da reforma do estádio já passou, oficialmente, dos R$ 900 milhões.

"A concessionária não vai devolver ao Estado nem 15% do que foi gasto na construção do estádio. E o governo ainda vai botar abaixo o parque aquático Julio Delamare o estádio de atletismo Célio de Barros. É uma afronta. Vários atletas estão conosco nesta manifestação.", disse o líder do movimento, Gustavo Mehl.

Além disso, os manifestantes discordam da política de remoções da prefeitura municipal para a construção do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, assim como a utilização de área de proteção ambiental no bairro para a construção de prédios e do campo de golfe da Olimpíada 2016. A manifestação deixou o trânsito ruim no entorno do estádio e a Avenida Maracanã chegou a ser parcialmente interditada por alguns minutos.