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Sérgio Cabral anuncia museu do COB em área da Aldeia Maracanã

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 O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou nesta quarta-feira que a área do antigo Museu do Índio, ocupada atualmente por indígenas de diversas etnias que formam a Aldeia Maracanã, ao lado do estádio que será sede das finais da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, será revitalizado e vai se tornar um museu do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Segundo Cabral, a responsabilidade pela reforma da área ficará a cargo da concessionária que assumirá as obras de entorno do estádio, após a inauguração do Maracanã, prevista para junho, com o amistoso entre Brasil e Inglaterra.

O edital com as regras para a licitação, ainda de acordo com o governador, será publicado no Diário Oficial até a próxima segunda-feira.

"A concessionária se responsabilizará sobre o restauro, recuperação, e preparo do prédio. E todo o conteúdo do museu será de responsabilidade do COB", explicou Cabral.

Além do novo museu do COB, a empresa que vencer a licitação do Maracanã terá ainda a responsabilidade da criação de estacionamentos e de toda a área que envolve ainda o Parque Aquático Julio De Lamare e a pista de atletismo, Célio de Barros.

A proposta, que o Estado considera definitiva, vai totalmente contra as pretensões dos índios que ocupam o local. No último dia 8, as lideranças enviaram uma carta ao governo reivindicando que o Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas seja criado no próprio local, após a revitalização realizada pela concessionária.

"Reivindicamos que o Centro de Referência da Cultura Indígena seja mantido no imóvel existente a rua Mata Machado, 126, Maracanã, antigo Museu do índio, e que seu tombamento sob responsabilidade das Instituições Públicas e sua anunciada restauração contemple um ante Projeto em parceria com a comunidade indígena e organizações parceiras competentes para servir exclusivamente como uma Casa da Cultura Indígena Viva dirigida por índios", diz a carta enviada à Casa Civil estadual e à secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.

Além de se recusarem a deixar o local sem uma resposta concreta por parte do Estado, que já ventilou a possibilidade de levar o centro de referência para a Quinta da Boa Vista, próximo ao Maracanã, que a conclusão das obras seja num prazo de até um ano e meio e que mão de obra indígena seja empregada durante a restauração.

"A construção do museu é uma decisão tomada a partir de uma sugestão do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que nós achamos sensacional", completou o governador, que disse ainda que a administração do local ficará a cargo do comitê olímpico, que terá a renda obtida por meios das visitações.