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Operação contra o jogo do bicho já tem 44 presos nesta quinta-feira

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Já chega a 44 o número de pessoas presas por envolvimento com o jogo do bicho depois que a Operação Dedo de Deus foi desencadeada pela Polícia Civil e o Ministério Público, na manhã desta quinta-feira. Os contraventores Aniz Abraão David, o Anísio,  Luís Pacheco Drumond, o Luisinho, presidentes de honra da Beija-Flor e da Imperatriz Leopoldinense, respectivamente, seguem foragidos da Justiça.

A operação começou nas primeiras horas da madrugada. Anízio não foi localizado pelos policiais. Na garagem do prédio onde ele mora, na Avenida Atlântica, foram apreendidos quatro carros importados. Dois helicópteros dão apoio à operação, que também é realizada em Pernambuco, Bahia e Maranhão.

Residências, construtoras, empresas que fabricam artigos eletrônicos, gráficas, fazendas, sítios e  hotéis estão sendo vasculhados pelos agentes. Os policiais também estão no barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, Zona Portuária do Rio. Em Teresópolis, na Região Serrana, as buscas acontecem num hotel fazenda.

Segundo informações da polícia, o ex-prefeito de Teresópolis teria sido o responsável por propagar o jogo do bicho em toda a Região Serrana. Ele também é apontado como mantenedor de relações muito estreitas com o contraventor Anis Abrahão Davi, presidente de honra da escola de samba Beija Flor de Nilópolis. 

As investigações da Corregedoria da Polícia Civil começaram há um ano. Os policiais monitoraram a instalação de máquinas eletrônicas de cartões de crédito no mercado clandestino das apostas. Segundo a polícia, empresas faziam a instalação, manutenção e treinamento dos anotadores do jogo do bicho. Um homem que seria responsável por fornecer e distribuir os talões usados por anotadores do jogo do bicho no Rio foi localizado numa gráfica em Pernambuco. Ele e a dona da gráfica tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Um guarda municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também está entre os presos. Ao todo a Justiça expediu 60 mandados de prisão. A ação acontece nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Maranhão.

Participam da operação 100 delegados de Polícia, cinco promotores de Justiça e mais de 700 agentes da Polícia Civil. Também foram apreendidos mais de R$ 100 mil em dinheiro, computadores, notas fiscais, documentos e máquinas portáteis de cartões de crédito.