Após diversos casos de flagrante da mistura de resíduos comuns com os resíduos hospitalares no Rio de Janeiro, muitas dúvidas restaram quanto à fiscalização e o tratamento que esse tipo de detrito tem no estado fluminense. Segundo a Pesquisa nacional de saneamento básico feita em 2008 pelo IBGE, pelo menos 33 cidades fluminenses ainda não realizavam o tratamento desse lixo infectante.
Ainda segundo o relatório, em todo o Rio, pelo menos seis cidades queimam seus resíduos a céu aberto, o que configura um grande risco à saúde pública. Os números, na opinião de Juliano Segatti, engenheiro ambiental da Trusher mostram o descaso em relação a esse tipo de detrito que requer todo um cuidado e fiscalização específica: “Essa descaso não acontece apenas no Rio de Janeiro e sim no Brasil todo. Existe uma grande falta de fiscalização em diversos setores”, alerta.
O especialista da empresa de coleta e tratamento de resíduos hospitalares explica que a falta de cuidado já começa nos próprios hospitais, em que muitas vezes há a mistura de resíduos comuns com os hospitalares, o que classifica um risco enorme à saúde das pessoas: “Todo o resíduo infectante tem que passar por tratamento prévio antes de ser descartado em um aterro sanitário”.