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Dono de restaurante que explodiu vai prestar depoimento na segunda-feira

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O proprietário do restaurante Filé Carioca, que explodiu na manhã da última quinta-feira (13), no Centro do Rio, teve seu depoimento transferido para a próxima segunda-feira (17), na 5ª DP (Men de Sá), disse o delegado assistente Antônio Bonfim. Segundo Bonfim, surgiram novos elementos que precisam ser explicados, como a existência de gravações de imagens do circuito interno do restaurante e de recarga e manuteção do sistema de gás do recinto.

Segundo Bonfim, um HD de computador encontrado sob os escombros traz que poderão ajudar a entender o que aconteceu no restaurante. Ainda de acordo com o delegado, o dono do restaurante conseguia ver de casa o que acontecia no estabelecimento, mas não tinha como gravar as imagens de lá.

Costelas quebradas

O advogado do dono do restaurante, Bruno Castro, esteve na delegacia na tarde de sábado e informou que seu cliente ainda está muito abalado, sendo acompanhado por um médico. O irmão do proprietário, que era gerente do restaurante, teve fratura de costelas e também deverá prestar depoimento na próxima segunda.

"Meu cliente ainda está debilitado, mas virá à delegacia na segunda. O gerente, que está com as costelas quebradas, está com dificuldades para se locomover, mas faremos o possível para que ele também venha depor. Ele contou que, ao chegar ao restaurante, encontrou a porta aberta e luzes apagadas, que não havia ninguém lá dentro por causa do cheiro de gás, e que ao se abaixar para pegar um banco para ligar a chave geral do restaurante, tudo explodiu. No momento da explosão, ele estava abaixado atrás do balcão. As imagens ficam gravadas no computador, que fica no restaurante. A empresa do circuito interno não grava essas imagens", disse o advogado.

Castro contou ainda que, segundo seus clientes, o restaurante estava regularizado, já que tinha alvará da prefeitura para funcionar, e que o estabelecimento não foi fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros porque não fazia parte do condomínio do edifício Riqueza.

Ainda segundo o advogado, o restaurante tinha seis cilindros de gás que ficavam no subsolo, numa área arejada. E que dois dias antes da explosão, a empresa responsável pela recarga e manutenção desse sistema de gás tinha ido ao local. Ele explicou que os cilindros não eram trocados, mas sim recarregados por um caminhão.

O delegado disse que vai enviar ofício à empresa responsável pela manuteção dos cilindros de gás para saber que tipo de serviço foi realizado no restaurante na terça (11), dois dias antes da explosão.