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Após liberdade de assassino, família de estudante degolada se diz aterrorizada

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“Não sabemos qual de nós pode ser a próxima vítima dele. Vivemos aterrorizadas e, na verdade, nós e que vamos ficar presas em nossas casas, já que a juíza liberou este assassino que matou a minha prima”. Com esta frase a administradora Elizabeth Gonçalves definiu o sentimento da família da estudante Mariana Gonçalves de Souza, 21 anos, morta com golpes de uma garrafa de vidro e um pé-de-cabra no último dia 7 de março, em Campo Grande,  pelo pedreiro Luiz Carlos Oliveira, de 50 anos.

A família da estudante soube da soltura do assassino no início da semana e, desde então, conta que vive apavorada por medo de Luiz Carlos cometer um novo crime. Segundo informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Rio na tarde desta terça-feira (19), o pedreiro foi solto pois seu pedido de prisão preventiva expirou no último dia 7 de abril – quando o crime completou 1 mês - e o pedido de renovação não foi aceito pela juíza Elizabeth Louro, do 4º Tribunal do Júri da Capital.

Segundo o despacho assinado pela magistrada, "o denunciado teve a iniciativa espontânea de comparecer à DP no dia seguinte aos fatos, para prestar declarações, onde, aliás, confessou a conduta". Ainda segundo a juíza, Luiz Carlos não oferece risco e não deve ficar preso durante o andamento do processo porque "forneceu o endereço de sua irmã como o local onde poderá ser encontrado (...)".

Para a família da jovem, no entanto, a decisão da magistrada deve ser revista o quanto antes.

“A Mariana deixou uma irmã que também pode ser alvo deste assassino. Ela tem também uma sobrinha de 19 anos que tem toda sua rotina conhecida por este homem doente, já que ele prestava serviços para a escola da nossa família. A mãe dela está completamente desorientada e não consegue sequer falar”, reclamou Elizabeth Gonçalves, antes de acrescentar: “Não é possível que a juíza não perceba que esse homem oferece risco à população. Se ele matou uma menina que dizia que amava, imagine o que não faria com alguém que odiasse”.