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Rio: MP pede prisão de suspeita de matar filha do ex-amante

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu à 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, nesta quarta-feira, a prisão preventiva de Luciene Reis Santana por homicídio triplamente qualificado e por ocultação de cadáver. Luciene confessou ter assassinado, no início do mês, a menina Lavínia Azeredo, filha de seu ex-amante.

O corpo da criança foi encontrada na manhã do dia 2 de março em um apartamento no Hotel Municipal, na avenida Presidente Kennedy, centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Lavínia teria sido morta por asfixia mecânica, já que foram encontradas marcas no pescoço da menina em decorrência de enforcamento causado por um cordão de tênis.

Segundo o MP-RJ, a vítima foi levada por Luciene até o local do crime, "como revelaram imagens do circuito de segurança do ônibus que pegaram juntas". Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).

Além disso, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima - dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; e impedir que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel.

Após estrangular Lavínia, Luciene teria escondido o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver - encontrado, dias depois, em avançado estado de putrefação. Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta.