Agência JB
Rio - O secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, pediu ao Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde, que faça uma análise das compras de medicamentos e insumos para os hospitais do estado feitas durante a gestão anterior. Como terá de atestar as notas de compras referentes a novembro e dezembro de 2006, o secretário quer saber se não ocorreram irregularidades nesse período.
No nosso entendimento, salvo em casos de emergência, as compras têm de ser feitas, de forma centralizada ou descentralizada, sempre com licitação. O Denasus vai fazer uma análise no que diz respeito a essas compras como o próprio Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público já vêm fazendo, explicou Côrtes.
O secretário não concorda com a metodologia adotada pelo governo anterior. Em dívida com os fornecedores, a antiga gestão da saúde passou a delegar aos diretores dos hospitais a responsabilidade pelo abastecimento das 28 unidades da rede estadual de saúde. Para isso, cada diretor recebia de R$ 400 mil a R$ 800 mil por mês para a compra de remédios e insumos diretamente dos fornecedores sem licitação e a preço do comércio varejista. Côrtes se disse sem condições técnicas para avaliar se o procedimento era legal.
A auditoria do Denasus será a segunda investigação dos gastos da Secretaria de Saúde na administração anterior pedida pelo governo Cabral. No início do mês, a Procuradoria Geral do Estado encaminhou à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública um pedido de investigação sobre possível superfaturamento no contrato de manutenção de uma frota de ambulâncias do serviço de atendimento médico de urgência, o Samu.
As informações são de Secretaria de Comunicação do governo do estado.