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Tilápias da Barra estão contaminadas

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Agência JB

Rio - Tilápias pescadas no complexo lagunar da Barra da Tijuca estão com uma concentração de microcistinas por quilo de pescado não recomendável para o consumo humano, segundo o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, que requisitará à Ceasa a proibição imediata da venda do pescado que seja originado da região.

Além disso, devido a informações de que alguns não estão respeitando a proibição, Minc pedirá à Vigilância Sanitária que intensifique o trabalho na região, recomendando que os pescadores não capturem tilápias nas lagoas do bairro. As lagoas estão infestadas das cianobactérias Microcystinas aeruginosas que, ao morrer, liberam a toxina microcistina.

As amostras de quatro tilápias para análise foram coletadas em 26 e 30 de janeiro. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o limite máximo aceitável para consumo para um adulto corresponde a 0,04 microgramas por quilo. Nas amostras coletadas, foram encontrados índices maiores do que 0,06 microgramas por quilo.

Esse peixe não pode ser consumido de forma freqüente, assinalou Minc, lembrando problemas de saúde associados ao consumo do peixe, como hepáticos, estomacais e respiratórios.

Segundo o presidente da Feema, Axel Grael, são pescados no complexo lagunar da Barra cerca de duas toneladas de tilápias por dia. E a principal fonte de comercialização desse pescado capturado na região é o Ceasa.

Como uma alternativa de renda aos cerca de 100 pescadores que atuam na região, Minc vai solicitar ainda esta semana à Seap (Secretaria Especial de Apoio à Pesca), do governo federal, a concessão do chamado seguro-defeso. No entanto, para que o seguro seja concedido, o Ibama precisa decretar a proibição oficial da pesca na região. Segundo Minc, até quinta-feira, o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco, deverá proibir a pesca no complexo lagunar da região.

Já foram também identificados cinco trechos na região em que serão realizados trabalhos de replantio de manguezais e de coleta de lixo das margens, pela Secretaria de Estado do Ambiente. Pescadores serão cadastrados para trabalhar no projeto, ganhando um salário mínimo.

As informações são de Secretaria de comunicação do governo do estado.