Julio Calmon e Patrícia Streit, Agência JB
RIO - A garoa fina não desanimou a platéia carioca que foi aos shows do evento Iguais na diferença, que comemorava 58 anos da declaração universal dos direitos humanos. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 6 mil pessoas viram as apresentações do palco montado na Praia de Botafogo. Organizado pela Secretaria Especial de Direito Humanos da Presidência da República, a festa teve o ministro da cultura Gilberto Gil como o mestre-de-cerimônias.
É no campo da cultura que se dão os diálogos que estabelecem a igualdade entre as pessoas explicou Gil, antes de subir ao palco. Através da arte podemos enxergar, interpretar, esclarecer e sensibilizar cada cidadão sobre o seu direito.
Daniela Mercury, embaixadora do Unicef no Brasil há 11 anos, cantou ao lado do grupo afro Ilê Ayê antes do show de Gil. A baiana lembrou as palavras do sociólogo Betinho para expressar a luta pelos direitos humanos.
A gente não pode perder a indignação clamou.
A festa, na verdade, começou pela manhã no Aterro do Flamengo com apresentação de grupos de teatro, dança e grafite e terminou com um show na Enseada de Botafogo. o evento reuniu no Aterro do Flamengo um cortejo com diversos grupos culturais: Maracatu Rio, Afroreggae, Circo da Silva, o bloco de carnaval de rua Gigantes da Lira, os índios Krahô, que vieram de Tocantins para o evento, entre outros.
As atividades da manhã foram reunidas em três palcos: um para a cultura de rua, com hip hop, basquete de rua, break e grafite. O outro se dedicou a dança com apresentação de capoeira, grupo de percussão e dançarinos solistas do municipal. No último palco, voltado para música clássica, teve a orquestra de música da Pró-arte, Villa lobinhos, Violinhos da grota e Flautistas da mangueira. Na abertura do evento, o diretor de teatro Amir Haddad leu a carta da Declaração Universal dos Direitos Humanos.