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Jaqueline chora e diz: "vou voltar mais fortalecida"

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Três dias depois do fatídico choque com a líbero Fabi que a tirou dos Jogos Pan-Americanos, a ponteira Jaqueline concedeu a primeira entrevista no hospital em Guadalajara onde foi atendida. Bastante emocionada, a ponteira chegou a chorar e disse que o episódio servirá como motivação para dar mais uma volta por cima.

Jaqueline chorou duas vezes durante a entrevista desta terça-feira. Na primeira, ao comentar sua ansiedade por passar informações aos parentes imediatamente após se lesionar e ser retirada de quadra na estreia da Seleção Brasileira feminina no vôlei Pan, no último sábado, na vitória sobre a Brasil sobre a República Dominicana.

"Hoje estou super tranquila e quero passar para minha família... é difícil você estar longe e ela querer saber de você. É passar que estou muito bem", disse, não conseguindo segurar as lágrimas.

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Depois de responder às questões dos repórteres, a jogadora empunhou o microfone e perguntou se poderia fazer mais uma afirmação. Foi quando chorou novamente: "queria agradecer a todos vocês, porque não é fácil passar pelo que passei, e falar para todos que estão no Brasil que eu não sabia que era tão querida. Sei que está uma repercussão muito grande no Brasil e estou muito feliz apesar de tudo".

O choque com Fabi resultou em uma fratura cervical para Jaqueline. A lesão não afetou a medula da atleta e não demandará intervenção cirúrgica. O tratamento consiste em repouso, anti-inflamatórios e uso de um colar cervical por aproximadamente oito semanas.

Segundo a ponteira, a contusão é apenas mais uma das dificuldades que ela terá de superar. Neste ano, ela e o marido Murilo, também jogador da Seleção Brasileira de vôlei, perderam um bebê. "Quando perdi o bebê ele (José Roberto Guimarães) sempre me apoiou e eu voltei muito bem", disse, citando o técnico da equipe verde e amarela e projetando um retorno à equipe para disputar a Olimpíada de Londres 2012: "quando eu voltar, vou estar mais fortalecida. Vou trabalhar para conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos do ano que vem".