Pesquisa de intenções de voto ao Planalto feita pelo Instituto Paraná, em São Paulo, divulgada ontem, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o deputado Jair Bolsonaro, do PSL, pré-candidatos à Presidência da República, estão empatados na disputa no Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, onde vivem 31,9 milhões de eleitores, que representam 22% de todo o eleitorado nacional.
Outro dado que chama atenção no mesmo levantamento é o terceiro lugar ocupado pelo ex-governador paulista Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano ao Planalto, que nos resto do país não tem se saído bem. No levantamento, Alckmin obteve 16,4% das intenções de voto em seu estado, num dos maiores percentuais obtidos pelo tucano nas pesquisas divulgadas na campanha eleitoral deste ano. Marina Silva, da Rede, vem depois com 8,0%, Ciro Gomes, do PDT, tem 4,9% e Álvaro Dias, do Podemo, 4,1%.
Em outro cenário, sem a presença de Lula, Jair Bolsonaro está à frente com 22,3% e Alckmin vem em segundo lugar com 19,0%, o que configura empate técnico dentro da margem de erro. Marina Silva aparece em terceiro, com 10,4%, e Ciro Gomes em quarto lugar, com 8,1%. Álvaro Dias completa os mais votados, com 4,5%. O petista Fernando Haddad, que substitui Lula, não passa de 4,0%.
Justamente por ser bem votado no maior colégio eleitoral do pais, Alckmin tenta se aliar a um partido que lhe ceda um candidato a vice no Nordeste, e, assim, complemente sua chapa, que tem votos concentrados no Sul e no Sudeste. Outra iniciativa do PSDB tem como foco o senador Álvaro Dias, que mostra força no Paraná e em Santa Catarina. Mas Dias, do Podemos, garante que leva sua candidatura até o fim.
A principal especulação seria de uma eventual aliança entre PSDB e DEM, caso em que o vice de Alckmin poderia ser o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, que também foi governador de Pernambuco.
A pesquisa do Instituto Paraná também traz uma avaliação sobre a popularidade do governo do presidente Michel Temer. A avaliação da atual administração já esteve pior. De acordo com o levantamento, entre junho e julho, a popularidade do governo Temer melhorou um pouco. O percentual dos a que consideravam o governo péssimo caiu de 67,1% para 60,8%. Houve uma transferência para os que consideram o governo ruim. Em julho, esse indicador passou para 17.3%, quando era de 14,9 em junho.
Também ontem, o jornal “Diário de Pernambuco” divulgou pesquisa do Instituto Datamétrica apenas no Estado de Pernambuco que aponta 65% de intenções de votos no ex-presidente Lula e contra apenas 9% de Jair Bolsonaro. Haddad, no lugar de Lula, lidera, mas só tem 16%.