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'Jorge 1960' arremata em leilão uma casa de Dirceu

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Apenas um dos três imóveis leiloados do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) foi arrematado nesta segunda-feira, 16. Trata-se de uma casa no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo, adquirida por um comprador de nome ainda não revelado, identificado apenas como "Jorge 1960". Os bens de Dirceu foram a leilão por determinação do juiz federal Sérgio Moro. O perdimento dos imóveis faz sanções impostas ao ex-ministro na Operação Lava Jato.

A casa, que tem área de 200 metros quadrados, foi arrematada por R$ 465,1 mil, pouco mais da metade do valor de avaliação, de R$ 750 mil. A comissão do imóvel ao leiloeiro é de R$ 23 mil.

De acordo com o Canal Judicial, que promoveu o leilão, "o imóvel atualmente encontra-se desocupado e sobre o mesmo há débitos pendentes de pagamento junto à Sabesp referentes ao fornecimento de água, no valor de R$ 581,88 e R$ 493,90 referentes ao fornecimento de energia elétrica pendentes de pagamento junto à Eletropaulo, totalizando R$ 1.075,78 atualizados até março de 2018, que serão de responsabilidade do arrematante".

O comprador se registrou no site de leilões como "Jorge1960" e informou ser de São Bernardo do Campo. Ele saiu vencedor dentre 19 lances, em segunda praça, realizada nesta segunda.

A chácara de Dirceu situada em Vinhedo (interior paulista), com 2,3 mil metros quadrados, estimada em R$ 900 mil e a sede da empresa JD Assessoria (501 metros quadrados de área), avaliada em R$ 3 milhões, não foram vendidas.

O petista foi preso em agosto de 2015 na Operação Pixuleco, 17.ª fase da Lava Jato. O ex-ministro ganhou liberdade em maio do ano passado, por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Dirceu foi condenado por Moro em duas ações penais a 32 anos e 1 mês de prisão - 20 anos e 10 meses em um processo e 11 anos e 3 meses em outro.

Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) - a Corte de apelação da Lava Jato - julgou a primeira ação que condenou Dirceu e aumentou a pena de 20 anos e 10 meses para 30 anos, 9 meses e 10 dias por corrupção passiva, pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Após o exaurimento de todos os recursos ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, Dirceu foi preso no dia 17 de maio. Ele foi solto no dia 26 de junho após decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal.

A iniciativa para conceder liberdade provisória a Dirceu foi do relator do caso, Dias Toffoli, acompanhado por Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Ficou vencido o ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin.

O decano Celso de Mello não estava presente na sessão.