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Previdência não será votada na semana que vem, afirma Rodrigo Maia

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira (16) que a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, determinada pelo presidente Michel Temer, impede que a reforma da Previdência seja votada na próxima semana, como estava previsto inicialmente.

O presidente do Congresso, Eunício Oliveira, tem 24 horas para convocar a sessão que analisará o decreto. Com isso, a Câmara e o Senado estarão dedicados a esta questão. Além disso, a Constituição prevê que nenhuma emenda seja analisada durante intervenção federal. "Não é razoável na segunda ou terça aprovar um decreto, e na quarta suspendê-lo [para aprovar a Reforma]. Isso inviabiliza a próxima semana", disse Maia.

>> O presidente Michel Temer determinou a intervenção federal, sob comando militar, na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Você é contra ou a favor?

Contudo, Maia reforça que não sabe ainda os detalhes do decreto e que, por isso, as possibilidades ainda estão em análise. O decreto está sendo redigido pela Secretaria de Assuntos Jurídicos da Presidência, e deverá ser anunciado às 13 horas desta sexta-feira, pelo presidente Michel Temer, em cerimônia de assinatura pública.

A reunião que decidiu pela intervenção federal foi realizada no Palácio da Alvorada e só terminou à meia-noite. Segundo assessores de Temer, inicialmente estavam presentes o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco. Mais tarde, foram chamados os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia. 

Maia era inicialmente contra a intervenção e ficou bastante irritado por ter sido comunicado da decisão do presidente somente quando chegou à reunião, já depois dos demais convidados. "Quando eu fui chamado [à reunião] já tinha um plano montado", afirmou. A ideia é que a ação dure até dezembro.