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Preso pela PF, deputado João Rodrigues justifica desvio de voo para o Paraguai

Execução de pena de parlamentar iria prescrever na segunda-feira (12)

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Preso na manhã desta quinta-feira (8) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) gravou um vídeo justificando o motivo de ter alterado seu o destino final de seu voo que vinha dos Estados Unidos para o Paraguai.

"Saí de Orlando, nos Estados Unidos, com minha família, mudamos as passagens porque ao chegar no aeroporto de São Paulo, certamente a imprensa toda estaria lá e eu quis evitar o constrangimento da minha família. Amanhã de manhã faríamos o deslocamento de carro até Chapecó (SC) e me apresentaria à Polícia Federal", disse o parlamentar.

Condenado a cinco anos e três meses por dispensa irregular de licitação quando ocupou o cargo de prefeito de Pinhalzinho (SC), João Rodrigues (PSD) foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, após chegar ao Paraguai e ter sua entrada negada. Como na segunda-feira (12) a execução da pena estaria prescrita, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a inclusão do nome do deputado na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

Investigação da Polícia Federal identificou que o deputado, que estava nos Estados Unidos, fez uma alteração na sua passagem de avião, mudando o destino final de Brasil para Paraguai. 

STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado, quarta-feira (7), a expedição do mandado de prisão do deputado. Na sessão de terça-feira (6), a Primeira Turma da Corte rejeitou recurso protocolado pela defesa do parlamentar, que alegou prescrição da pretensão punitiva. 

O julgamento também foi marcado pela manifestação de Alexandre de Moraes, a favor da execução provisória da pena após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça. Em seu voto, Moraes afirmou que a execução provisória da pena é compatível com a Constituição. Ele disse que resolveu se manifestar sobre o caso após o anúncio da presidente do STF, Cármen Lúcia. Na semana passada, a ministra disse que o assunto não será julgado novamente. Com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela segunda instância da Justiça Federal, houve manifestações a favor da revisão do entendimento.