ASSINE
search button

Lula participa de ato em Porto Alegre, na véspera de seu julgamento

Ex-presidente se encontrará com integrantes de movimentos sociais e militantes

Compartilhar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (23), de um ato com movimentos sociais e militantes em Porto Alegre. Nesta quarta-feira (24), ele será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, no caso do tríplex do Guarujá, no qual foi condenado a nove anos e meio de prisão.

A confirmação foi feita pela presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e pelo vice-presidente nacional, Alexandre Padilha, na segunda-feira (22). “Foi uma decisão dele, de coração, para agradecer as pessoas que estão se deslocando de todas as regiões do país para apoiar a democracia e seu direito de se candidatar”, declarou Gleisi.

>> Julgamento de Lula: entorno do TRF-4 terá bloqueio aéreo, terrestre e naval

>> Em apoio a Lula, movimentos populares chegam a Porto Alegre

>> Brasileiros no exterior fazem atos em defesa de Lula

>> Movimentos sociais ocupam sede da Rede Globo, no Rio

O ato está marcado para as 17 horas, na Esquina Democrática. Em seguida, ele retorna para São Paulo de onde vai acompanhar o julgamento. “Lula decidiu estar no ato para fazer um agradecimento a essa mobilização nacional e internacional pela sua inocência e defesa da democracia”, afirmou Alexandre Padilha.

Várias lideranças nacionais estão em Porto Alegre, e a previsão é de uma caminhada no fim do ato até o Anfiteatro do Por do Sol, onde o MST está acampado, quando terá início a vigília. “No dia 24 pela manhã vamos caminhar até o ponto mais próximo do TRF4”.

De acordo com o PT, já são 500 caravanas confirmadas rumo a Porto Alegre e 2.500 militantes do MST acampados desde a manhã de segunda-feira (22).

"Esse julgamento não é contra mim e sim contra o nosso governo", diz Lula

Lula recebeu o apoio de centrais sindicais em encontro na sede do Instituto Lula, na segunda-feira (22). "Esse julgamento não é contra mim e sim contra o nosso governo. O que eu quero é que façam um julgamento decente e, com base nas provas que eles tem, decretem a minha inocência", avaliou o ex-presidente. 

Aos sindicalistas, o ex-presidente defendeu a união das categorias na luta contra a retirada de direitos do trabalhador brasileiro. "Tem muito fascista nesse país querendo acabar com a representação dos trabalhadores. Jamais achei que eles tivessem a petulância de fazer a reforma do jeito que eles fizeram", alertou.

Para Lula, a população está acordando dos efeitos de uma anestesia provocada pelo processo de impeachment. "Deram uma anestesia no povo. Agora estão acordando e percebendo que a cirurgia foi pior para eles. É preciso fazer uma nova cirurgia que é a eleição direta pra presidência e quem sabe uma nova constituinte. A Constituição já recebeu mais de 105 emendas, o que significa que a Constituição de 88 não existe mais", analisou.