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MPF nega que procurador tenha pedido prisão cautelar de Lula

Bolsonaro sugeriu que ex-presidente vá pedir asilo político na Etiópia

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O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota nesta quinta-feira (18) negando que o procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum tenha formalizado qualquer pedido de prisão cautelar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos últimos dias, diante da informação que Lula viajará à Etiópia, na África, dois dias após o julgamento do recurso contra sua condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na próxima quarta-feira (24), o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) especulou, na imprensa, que o ex-presidente pedirá asilo político naquele país.

Ainda segundo o Ministério Público Federal, o procurador regional "não formalizou, e não vê razões para formalizar, qualquer pedido em relação à prisão cautelar do ex-presidente".

"Gerum esclarece ainda que, em caso de condenação dos réus da referida ação penal, qualquer medida relativa ao cumprimento de pena seguirá o normal andamento da execução penal, não havendo razões para precipitá-la", completa a nota do MPF.

No dia 26, Lula embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar de um evento sobre combate à fome, organizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade que tem sede em Roma e é chefiada pelo brasileiro José Graziano.

O convite para o evento foi feito em outubro, e ele decidiu manter o compromisso. Se for condenado, Lula, líder nas pesquisas, pode ficar inelegível para as eleições de 2018 e corre até mesmo o risco de ser preso.

Lula só ficaria impedido de viajar se os desembargadores do TRF-4 decidissem impor alguma restrição, e se a Justiça considerar que há risco de fuga.

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