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Colniza: após assassinato de prefeito, começa operação para conter criminalidade

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Em decorrência do assassinato do prefeito do município de Colniza, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso deflagrou nesta segunda-feira (18) a operação integrada Colniza Segura. De acordo com o órgão, o objetivo é garantir a estabilidade e diminuir os índices criminais.

A força-tarefa durará 60 dias e conta com a participação da Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Politec e Corpo de Bombeiros. Dentre as atividades previstas estão a ampliação de equipes, reforço nas investigações e realização de barreiras.

Na sexta-feira (15), por volta das 18h30, o prefeito Esvandir Antonio Mendes, de 61 anos, foi atingido por vários disparos de arma de fogo quando chegava à zona rural de Colniza, localizada a mil quilômetros de Cuiabá. Investigações buscam esclarecer a motivação do crime. Até agora, a hipótese levantada é de que ele teria sido motivado por cobrança de dívida.

Os três suspeitos do assassinato foram autuados em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. De acordo com a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, os três também vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário do município, Admilson Ferreira dos Santos, de 41 anos.

Segundo a polícia, dois homens confessaram o crime e um terceiro, que é empresário em Colniza do ramo de rede de combustível e táxi-aéreo, ficou em silêncio. A detenção ocorreu ontem (17), quando eles fugiam pela estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira. Dentro do automóvel em que estavam foram apreendidos R$ 60 mil em espécie.

Conflitos na região

A região é conhecida por registrar diversos conflitos por disputa de terras. Em abril deste ano, nove posseiros e agricultores foram executados. No fim de novembro, houve a primeira audiência sobre a chacina. Então, a Justiça acolheu denúncia do Ministério Público do estado por homicídio triplamente qualificado contra quatro acusados de participar da chacina.