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Votação de reforma da Previdência fica para fevereiro, diz Rodrigo Maia

Informação havia sido dada por Romero Jucá, que foi desmentido pelo Planalto

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (14) que a discussão da proposta de reforma da Previdência ficará para 5 de fevereiro do ano que vem e o início da votação só deve ocorrer a partir do dia 18 do mesmo mês.

Depois de se reunir hoje (14) com o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), o presidente da Câmara disse que foram feitos alguns ajustes no relatório que será lido em plenário ainda nesta quinta, a partir das 15h.

Segundo Rodrigo Maia, houve “contaminação” do texto inicial e uma “comunicação pouco efetiva”, mas até fevereiro haverá todas as condições para colocar a proposta em pauta.

“A recepção da sociedade já melhorou muito, tende a melhorar nas próximas semanas. No dia 18, uma segunda-feira, a matéria vai estar pronta para pauta e vamos começar a votação da reforma da Previdência. A data está colocada para que cada deputado possa organizar sua programação e para que a gente possa votar essa matéria. Espero eu que a gente possa ter essa matéria aprovada porque é fundamental para o Brasil”, declarou o presidente da Câmara.

Nesta quarta-feira (13), após afirmar que a reforma ficaria para fevereiro, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sofreu uma série de críticas de interlocutores do Palácio do Planalto e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em nota, o governo chegou a desmentir a informação dada por Jucá à imprensa.

Os desencontros entre governistas nos últimos dias têm relação com o esforço do presidente Michel Temer para obter os 308 votos de partidos da base aliada. A impopularidade da reforma, contudo, é a principal alegação dos parlamentares para não avalizarem a proposta do governo. Às vésperas da entrada em ano eleitoral, deputados e senadores afirmam, nos bastidores, que o temor é pela perda de capital político com a aprovação da proposta.

Na manhã desta quinta-feira (14), já com a possibilidade de adiar a votação para fevereiro, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que vai assumir a pasta da Secretaria de Governo assim que Temer receber alta médica, amenizou o mal-estar causado com as declarações de Romero Jucá no dia anterior, sem admitir, contudo, a impossibilidade de a Câmara apreciar o texto às vésperas do recesso de fim de ano do Congresso Nacional.

“Não é comum que se aprove uma PEC tão polêmica na semana antes do recesso, nós sabemos das dificuldades para isso, mas entendo que avaliaremos e será tomada a decisão pelo presidente [da Câmara] da Rodrigo [Maia]”, disse Marun, acrescentando que a polêmica com Jucá, desautorizado pelo governo minutos depois, é “episódio ultrapassado”. “Hoje é vida que segue, as decisões que serão tomadas pelo presidente Rodrigo Maia tenho certeza que não serão balizadas pela fala do nosso líder Romero Jucá, que continua sendo uma peça importante nesse processo”.

>> Meirelles: proposta de reforma da Previdência não está aberta a negociações

Com Agência Brasil