Por meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer desmentiu, nesta quarta-feira (13), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que havia se antecipado ao governo ao afirmar que a votação da reforma da Previdência ficaria para fevereiro. Segundo Jucá, a decisão já tinha sido acordada com os presidentes da Câmara e do Senado.
De acordo com a assessoria do Planalto, Temer espera que o novo projeto da reforma, de autoria do deputado Arthur Maia (PPS-BA) seja lido nesta quinta-feira, e que só depois disso conversaria com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), para definir a data de votação.
"Após passar por procedimento cirúrgico em São Paulo na tarde desta quarta, o presidente Michel Temer retornará a Brasília nesta quinta-feira, com liberação da equipe médica que o acompanha. Ele espera ainda para esta quinta-feira a leitura da emenda aglutinativa do deputado Arthur Maia sobre a reforma da Previdência. Somente depois disso, o presidente discutirá com os presidentes do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta", diz a nota da Presidência.
No entanto, em nova nota divulgada nesta quinta, o Planalto afirmou que o presidente fica internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, até esta sexta-feira (15) para "completa recuperação", segundo informou o Planalto.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na tarde desta quarta que ainda não há um acordo fechado entre a Câmara e o Senado para que a votação da Previdência fique para 2018. Meirelles informou ainda que nem ele nem o presidente Michel Temer participaram de discussões neste sentido.
Segundo o ministro, a “avaliação do senador Romero Jucá é importante, de que essa seria uma solução viável e possível e pode ser que ocorra. Mas isso não é uma decisão é ainda continuamos trabalhando para votar a reforma este ano, se possível a semana que vem”.
Ele também afirmou na tarde desta quarta-feira que ainda não há um acordo fechado entre a Câmara e o Senado para que a votação da Previdência fique para 2018. Meirelles informou ainda que nem ele nem o presidente Michel Temer participaram de discussões neste sentido.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), disse que ainda não tem uma "decisão tomada" e que antes vai conversar com Temer. "É claro que a gente sabe que votar semana que vem não é fácil. Mas amanhã o relator está preparado para ler o novo relatório, do acordo, para que independentemente da data da votação, ou na próxima terça-feira, ou em fevereiro, os parlamentares e a sociedade já entendam de forma correta que será votado e com certeza aprovado", afirmou.
O deputado informou ter sugerido que ele e Eunício Oliveira conversem com Temer nesta quinta-feira para avaliar o cenário para a votação da reforma. "Como o presidente viajou, estou esperando ele voltar para que eu possa entender se o governo tem o número de votos necessários para votar a Previdência já na próxima semana.
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) , também evitou confirmar o adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro. “Essa definição de pauta deve ser feita por quem pauta, e não é o governo que pauta”, disse.