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Investimentos em filantropia no Brasil têm redução de 19% devido à crise

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Os investimentos privados com foco em benefícios sociais caíram cerca de 19% no Brasil no ano passado, de acordo com relatório divulgado hoje (12), no Rio de Janeiro, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).  De acordo com o documento, a crise econômica que o Brasil atravessa foi a responsável pela redução dos investimentos em filantropia, que somaram R$ 2,9 bilhões, em 2016.

Este é o primeiro relatório da Plataforma de Filantropia no Brasil, formada por fundações e institutos que investem em benefícios sociais e ambientais no país.

A gerente de Parcerias para o Setor Privado do PNUD, Luciana Aguiar, avaliou que os investimentos brasileiros em filantropia podem voltar a crescer e deixou claro que a queda ocorreu em investimentos em que não se espera retorno. “É uma doação”, sem retorno financeiro, disse. “É um capital que espera retorno em impacto social e ambiental, em benefício da sociedade”, é um tipo de retorno diferenciado, ressaltou.

As empresas privadas montam seus institutos e fundações corporativos e familiares e fundações de institutos independentes. A Plataforma da Filantropia junta esses atores para uma atuação coordenada, com foco no desenvolvimento do país e do mundo.

A base da plataforma são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “É para olhar para uma agenda do desenvolvimento, que vai além da missão dos institutos e fundações”, esclareceu a gerente do PNUD.

Um instituto de educação voltado para a primeira infância, por exemplo, começa a ver como essa ação se reflete nas políticas públicas e como isso pode impulsionar e transformar os gargalos existentes em outras frentes também relacionadas à infância. “Você começa a ampliar o impacto dessa ação. Isso vale para outras iniciativas também emoutras frentes”, explicou Luciana.

A Plataforma da Filantropia é um movimento global e conta até o momento com a adesão de oito países (Índia, Colômbia, Quênia, Indonésia, Estados Unidos, China, África do Sul e Brasil).

O relatório foi realizado em parceria com a Rockfeller Philanthropy Advisors e está prevista uma nova edição para 2018.