O inquérito da Polícia Federal sobre as malas com R$ 51 milhões encontradas em um apartamento em Salvador, que funcionaria como um "bunker" para Geddel Vieira Lima, aponta que há indícios de crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa cometidos não só pelo ex-ministro, como também pelo seu irmão, deputado Lúcio Vieira Lima, pela sua mãe, Marluce Vieira Lima, pelo ex-assessor de Lúcio, Job Ribeiro, e por Gustavo Ferraz, aliado de Geddel.
O relatório do inquérito com essas conclusões foi enviado ao gabinete do ministro Luís Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal .
Provas foram destruídas a pedido de Geddel e Lúcio Vieira Lima, diz ex-assessor
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-secretário parlamentar da Câmara Job Ribeiro Brandão afirmou que Geddel Vieira Lima e Lúcio Vieira Lima pediram a ele para destruir provas como anotações, agendas e documentos que poderiam dar pistas sobre envolvimentos dos dois peemedebistas.
Brandão, que foi assessor de Lúcio Vieira Lima na Câmara, foi preso em setembro, na operação que encontrou R$ 51 milhões em um apartamento, em Salvador. Suas impressões digitais foram encontradas no local e também nas notas de dinheiro.
De acordo com Brandão, a mãe dos irmãos Vieira Lima, Marluce, Geddel e Lúcio pediram que ele auxiliasse na destruição de documentos, que foram picotados e jogados em um vaso sanitário. A secretária Milene Pena e a mulher de Lúcio, Patrícia, também teriam participado da operação.
O ex-assessor afirmou ainda que recebia dinheiro do ex-ministro para contar na casa da mãe de Geddel, que mora no mesmo prédio do peemedebista.