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'The Economist': Observadores avaliam denúncias de Janot como graves e sólidas

Ameaçados pela Lava Jato consideram fracas novas acusações contra Temer

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A revista britânica The Economist publicou em sua edição desta sexta-feira (22) um artigo sobre as últimas acusações realizadas pelo procurador Rodrigo Janot, antes de deixar seu cargo no domingo (17).   

O texto lembra que ele acusou o presidente do país, Michel Temer, de obstruir a justiça e liderar esquema de corrupção. Em um documento de 24 páginas, Janot alega que Temer foi o líder de uma "mega gangue" composta de políticos de seu Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do Partido dos Trabalhadores de esquerda (PT) e outros. 

De acordo com Rodrigo Janot, o presidente extraiu subornos de pelo menos 587 milhões de reais (188 milhões de dólares) de empresas em troca de contratos públicos e favores, além de supostamente pagar para silenciar potenciais testemunhas.

Esta é a segunda acusação que Janel lançou contra o presidente. Em junho, acusou Temer de negociar subornos e obstruir a justiça. 

The Economist recorda que Temer tornou-se presidente em agosto de 2016, quando sua antecessora, Dilma Rousseff, do PT, foi deposta. A maioria dos analistas espera que ele permaneça no cargo até o final de seu mandato em dezembro de 2018.

Disparos de Janot deixam o Brasil em um estado incerto. As acusações contra Temer são graves, mas para alguns observadores não partidários, parecem sólidas. O promotor aprofundou suspeitas sobre a conduta do presidente, deixando espaço para dúvidas. As pessoas que se sentem ameaçadas pela Lava Jato afirmam que as acusações são fracas e questionam processo. Agora, os brasileiros se perguntam se o sucessor de Janot, Raquel Dodge, prosseguirá da mesma forma. A cruzada anticorrupção está, portanto, em um ponto de virada.

>> The Economist