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Ministério da Defesa aumenta para 950 homens do Exército em operação na Rocinha

Inicialmente, o ministro Raul Jungmann havia anunciado a presença de 700 oficiais

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Na tarde desta sexta-feira (22), a comunidade da Rocinha vive o quinto dia consecutivo de operações policiais. As operações contra o tráfico de drogas no local tiveram início na última segunda-feira (18), após um domingo (17) de intensas trocas de tiros entre traficantes que disputavam o comando da venda de drogas na comunidade. Em coletiva concedida no Palácio do Planalto, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que esteve no Rio de Janeiro na última quinta-feira (21), anunciou inicialmente o reforço de 700 homens do exército para cercar a comunidade. Pouco tempo após o anúncio, o ministério confirmou que aumentou esse efetivo para 950 homens.

O ministério da Defesa confirmou em contato com o Jornal do Brasil o aumento no número do efetivo, e explicou que o ministro havia anunciado 700, pois esse era o número previsto no planejamento inicial feito pelo governo Federal.

O pedido para a participação do Exército nas operações realizadas na comunidade foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. A comunidade tem sido alvo de operações da Polícia Militar há cinco dias consecutivos, desde o último domingo (17), quando grupos criminosos rivais se enfrentaram pelo controle de pontos de venda da comunidade. Na manhã de hoje (22), foi registrado um intenso tiroteio entre criminosos e policiais.

O comandante da 1ª Divisão do Exército, general Mauro Sinott, informou - após reunião com o secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá - que as Forças Armadas ajudarão também no controle do trânsito das ruas do entorno e no tráfego aéreo sobre o morro da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. “[Vamos atuar] a fim de liberar os contingentes de polícia para ações mais específicas de polícia”, disse o general.

Tiroteio

Na manhã desta sexta-feira, um tiroteio intenso entre policiais e criminosos provocou o fechamento da Auto-Estrada Lagoa-Barra, que faz a ligação entre o bairro de São Conrado à Gávea.

A guerra na comunidade deixou quase 2.500 alunos sem alunos, e provocou o fechamento de três unidades de educação infantil da prefeitura.