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Brasil faz o possível para ajudar Venezuela, diz Temer nos EUA

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O presidente Michel Temer ressaltou nesta segunda-feira (18), após jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e lideranças sul-americanas, que o Brasil estaria fazendo o possível para ajudar "humanitariamente" a população venezuelano. A Venezuela foi um dos principais temas do jantar com Trump, que exige uma suposta restauração plena da democracia e das liberdades políticas no país governado por Nicolás Maduro.

Temer deu uma entrevista coletiva a jornalistas após o jantar com Trump. O presidente brasileiro disse que é preciso tratar da situação da Venezuela sob dois ângulos, o humanitário e o político. Sobre a questão humanitária, o peemedebista disse que o Brasil mandou medicamentos para a Venezuela e, no político, citou o encontro com Leopoldo Lopez, político que faz oposição a Maduro.

"Eu próprio relatei que recebi o Leopoldo Lopez, tenho mantido os mais variados contatos, recebi a esposa dele, a mãe dele, para revelar a posição do Brasil em relação à Venezuela", disse. "As pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente. Mas querem manifestações que se ampliem, dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os países caribenhos, de maneira a pressionar a solução democrática na Venezuela."

De acordo com o presidente brasileiro, nenhuma decisão foi tomada durante a reunião, mas os líderes sul-americanos destacaram o problema dos refugiados venezuelanos. "Nós temos mais de 30 mil refugiados no Brasil, milhares de refugiados na Colômbia e alguns até no Panamá. E o que houve foi isso: todos querem continuar a pressão para resolver."

Temer disse que a possibilidade de sanções à Venezuela não foi discutida efetivamente. Falou-se no tema, mas com ações diplomáticas, como ocorreu em relação ao Mercosul. "No Mercosul, quando nós fizemos reunião na Argentina, a Venezuela foi excluída do Mercosul, melhor dizendo, até nem chegou a entrar, por não ter cumprido as cláusulas democráticas."