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Joesley e Saud serão transferidos para Brasília nesta segunda-feira

Empresários da JBS se entregaram à PF no domingo

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Nesta segunda-feira (11), o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o executivo da empresa Ricardo Saud deverão ser transferidos pela Polícia Federal de São Paulo para Brasília. Eles se entregaram à PF no domingo, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinar a prisão a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Em Brasília, Joesley e Saud devem ser submetidos a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) para verificar em que condições estão. Em seguida, eles devem ser levados para a superintendência da PF no Distrito Federal.

Na manhã desta segunda-feira (11), agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) cumprem cinco mandados de busca e apreensão nas casas do ex-procurador Marcello Miller, no Rio de Janeiro, e de Joesley Batista e Ricardo Saud, em São Paulo, de Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, também em São Paulo.

Os agentes ficaram 1h50 na casa de Miller, que fica na Lagoa Rodrigo de Freitas, e saíram de lá levando uma bolsa e uma mochila. 

>> Fachin manda prender Joesley Batista e Ricardo Saud

>> Janot é flagrado em bar com advogado de Joesley Batista

A operação foi batizada de “Bocca”, numa referência a "Bocca della Verità", cuja característica é seu papel como detector de mentiras. “Desde a Idade Média, acredita-se que se alguém contar uma mentira com a mão na boca da escultura, ela se fecharia 'mordendo' a mão do mentiroso”, diz a nota da PF.

Joesley Batista e Ricardo Saud se entregaram à Polícia Federal no início da tarde de domingo (10), em São Paulo. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin autorizara, na noite de sábado (9), a prisão temporária dos dois delatores da JBS. A determinação ocorreu após o pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu, ainda, a prisão do ex-procurador Marcello Miller. Só que, nesse caso, não houve a decisão favorável.

O ministro determinou também a suspensão do acordo de delação premiada assinados pelos executivos da JBS até que todo o caso seja devidamente apurado.

Em nota, a defesa de Marcello Miller disse que "repudia veementemente o conteúdo fantasioso e ofensivo das menções ao seu nome nas gravações divulgadas na imprensa e reitera que jamais fez jogo duplo ou agiu contra a lei".

O advogado de Joesley e Saud, Pierpaolo Bottini, afirmou que encarou com naturalidade os mandados de busca após a prisão dos executivos. Sobre as prisões, a defesa de Joesley e Saud disse considerar desnecessária, alegando que eles "cumpriram rigorosamente tudo o que lhes era imposto" desde a assinatura da delação.