Matéria publicada nesta quarta-feira (23) pelo Le Monde conta que o ex-presidente brasileiro Fernando Collor de Mello foi indiciado no escândalo da Petrobras. O Supremo Tribunal do Brasil anunciou em um comunicado que aceitou o processo de denúncia por suborno, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
A reportagem acrescenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou as acusações sobre desvio de de fundos públicos e obstrução da justiça que o Ministério Público manteve.
Monde explica que o Ministério Público acusa Collor de Mello de ter recebido entre 2010 e 2014 subornos no valor de mais de 29 milhões de reais (7,8 milhões de euros) para diversas operações relacionadas à BR Distribuidora , subsidiária do grupo petrolífero Petrobras.
O homem é atualmente senador e membro do Partido Trabalhista (centro-direita, PTB), ele foi presidente de 1990 a 1992, quando renunciou devido a acusações de corrupção, informa o vespertino.
O noticiário ressalta que Collor de Mello foi o terceiro senador a ser formalmente indiciado como parte da "Operação Lava Jato", após Gleisi Hoffmann (Partido dos Trabalhadores, PT, esquerda) e Valdir Raupp (Partido do Movimento Democrática, PMDB, o partido de centro-direita do atual presidente do Brasil Michel Temer). Além desses três políticos, o STF aceitou acusações dos deputados Vander Loubet (PT) e Nelson Meurer (PP, direita), bem como a de Eduardo Cunha (PMDB), privado de seu assento parlamentar em 2016 e, atualmente, preso por seu envolvimento no escândalo "Petrobras".