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Funaro fecha acordo de delação com o Ministério Público

Operador do PMDB, doleiro era ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha

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Os advogados do operador Lúcio Bolonha Funaro e integrantes do Ministério Público Federal (MPF) acertaram os termos do acordo de delação premiada, após meses de negociação e uma reunião encerrada por volta da meia-noite. O acordo deve ser assinado nesta terça-feira (22).

Após a formalização entre as duas partes, o material, incluindo anexos, será enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, para que o acordo seja homologado.

No final de semana, especulou-se que notícias sobre uma retomada das negociações com Eduardo Cunha para um acordo de delação seriam apenas para pressionar Funaro a apresentar informações relevantes à investigação, considerando que a força-tarefa só fecharia acordo com um dos dois. 

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A possibilidade de Funaro delatar tinha colocado o Planalto em alerta. O conhecido temperamento explosivo do ex-sócio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preocupa, e deixa o cenário ainda mais imprevisível para o governo Michel Temer. 

Um dos depoimentos de Funaro,  que afirmou ter entregue pessoalmente malas de dinheiro ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, resultou na prisão de um dos homem de confiança de Temer, afastado do governo após denúncias de tráfico de influência, e preso acusado de obstrução de investigação sobre irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.

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