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Sonegação de impostos em três Estados e no DF é alvo de operação da PF

Foram 36 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão temporária em SP, MG, GO e Distrito Federal

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Em mais uma operação realizada nesta terça-feira (15), a Polícia Federal cumpriu mais 36 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão temporária em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. Essa foi a Operação Rosa dos Ventos, que tem como meta apurar crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, falsificação de títulos públicos e negociações envolvendo pedras preciosas. O prejuízo totaliza R$ 3 bilhões em impostos sonegados e multas não pagas.

Um lote de pedras preciosas que os membros da organização criminosa dizem lhes pertencer estava sendo negociado por US$ 650 milhões.

Segundo a Polícia Federal em Campinas, o inquérito policial foi instaurado em março de 2013, após fiscalização da Receita Federal constatar sonegação fiscal em uma distribuidora de combustíveis de Paulínia, no interior do Estado de São Paulo.

 “Ao longo da investigação, a PF apurou que as distribuidoras de combustível eram registradas em nome de sócios-laranja e que não recolhiam os tributos que incidem sobre a atividade. Com margens de lucro maiores e preços menores, empresas legítimas concorrentes foram obrigadas a fechar devido à concorrência desleal”, explicou a Polícia Federal, por meio de nota.

Títulos da dívida da União

Além disso, os investigados falsificavam títulos da dívida pública da União e utilizavam os papéis para aumentar o capital social das empresas e obter financiamentos.

De acordo com a investigação, dezenas de empresas foram criadas em nome de outras pessoas e os verdadeiros proprietários não apareciam, já que tinham seu patrimônio protegido por meio de empresas offshore localizadas em paraísos fiscais e por meio de empresas de participação abertas em nome de seus filhos.

Os investigados responderão pelos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crimes de mineração, evasão de divisas, crimes de mineração e falsificação de papéis públicos, com penas de seis meses a dez anos de prisão e multa.