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Polícia desarticula quadrilha que aplicava golpes em parentes de pessoas internadas em hospitais

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Após seis meses de investigações, policiais da 12ª DP (Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro), coordenados pelo delegado titular Gabriel Ferrando, desencadearam a operação Hígia, para desarticular uma quadrilha especializada em aplicar golpes em parentes de pacientes internados em diversas redes hospitalares do País.

Oito integrantes do bando foram presos, nesta quinta-feira (27), em cumprimento a mandados de prisão temporária, expedidos pela Justiça, na cidade de Rondonópolis, no estado de Mato Grosso. Na ação, os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão no presídio local, onde arrecadaram cinco celulares e 15 cadernos com anotações sobre a ação criminosa.

Segundo as investigações, os criminosos, com acesso privilegiado a informações de pacientes internados, como dados pessoais, contato de familiares e tipo de plano de saúde, contatavam os familiares noticiando um suposto procedimento médico de caráter emergencial, que deveria ser empregado no paciente internado, e diante da urgência da medida, parentes deveriam realizar depósitos em contas bancárias para que fosse viabilizado a realização do exame ou procedimento médico informado. 

Na ocasião da ligação, uma conta bancária era fornecida pelos estelionatários para depósito por parte das vítimas. 

Durante as investigações, os agentes utilizaram interceptações telefônicas, quebra de sigilo bancário e busca e apreensões. A investigação contou com o monitoramento de 95 mil chamadas telefônicas, que totalizaram 1.930 horas de ligações. Foram interceptados 52 ramais telefônicos utilizados pelos criminosos.

De acordo com as informações, os alvos da ação dos criminosos eram pacientes e hospitais localizados em diversos estados do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, configurando um golpe de abrangência nacional.

As investigações contaram com o apoio do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro (LAB-LD/PCERJ); da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos Polícia Civil do estado do Mato Grosso (DERF).  

As apurações também tiveram a participação da Diretoria de Inteligência e a Direção, assim como o Núcleo de Inteligência do Presídio de Mata Grande.