Nesta quinta-feira (13), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a votação no plenário da Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer pode ficar para agosto. Padilha reforçou que o Planalto deve aceitar a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que só colocará em votação a acusação com um quórum de 342 parlamentares.
"Pode ser agora ou pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é quem tem de colocar o quorum. Essa é a posição pessoal do Rodrigo Maia e nós temos de nos resignar com a posição dele, já que é ele quem comanda a pauta", disse o ministro.
Padilha acrescentou ainda que acredita numa "vitória magistral" na Comissão de Constituição e Justiça, e negou que o prolongamento da votação possa causar desgaste ao presidente. "Sangrar? Estamos tendo vitórias. O governo está trabalhando e vai continuar", acrescentou.
Inicialmente, a base aliada do governo trabalhava para acelerar o processo e concluir a votação na Câmara antes do recesso, mas como percebeu que não terá como garantir o quórum mínimo, decidiu então admitir que a votação aconteça após o recesso.