ASSINE
search button

"Nós lamentamos. É um amigo muito querido", diz Jucá sobre prisão de Geddel

Líder do governo afirmou ainda que ex-ministro "tem grandes serviços prestados ao país"

Compartilhar

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, lamentou nesta terça-feira (4) a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima pela Polícia Federal, que aconteceu nesta segunda-feira. "A prisão do ex-ministro Geddel nos atinge pessoalmente. Nós lamentamos. É um amigo querido. É uma pessoa que tem grandes serviços prestados ao país e é claro, não gostaríamos de ver ele nessa situação", afirmou.

Apesar de frisar desconhecer o processo para opinar, Jucá avalia a prisão como "algo muito forte, muito agressivo". Mas o senador não acredita que o governo Temer será afetado. "Isso não impacta o governo. O governo está governando. O ministro já não era ministro há muito tempo. Nós estamos trabalhando, os dados são excelentes do governo", disse, acrescentando: "Nós estamos fazendo dever de casa para recuperar o Brasil apesar das flechadas, apesar dos ataques, apesar dos problemas", numa alusão à declaração do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, comentando sobre o tempo que resta para o fim do seu mandato (em setembro), afirmou: "Enquanto houver bambu, haverá flechas".

Romero Jucá também comentou o retorno do senador Aécio Neves. O tucano havia sido afastado do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Marco Aurélio Mello autorizou o retorno antes do recesso judiciário. "O retorno é uma decisão do Supremo Tribunal Federal. O mesmo STF que afastou colocou de volta o senador Aécio aqui. Ele é um senador importante e portanto pode dar contribuição muito forte", disse, acrescentando que a decisão de Marco Aurélio "repara um acidente". 

>> Geddel Vieira Lima é transferido para a PF de Brasília

>> Crise se aprofunda com prisão de aliado do presidente

>> Prisão de ex-ministro piora imagem do governo e do PMDB