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Renan Calheiros anuncia que deixará liderança do PMDB no Senado

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Crítico da reforma trabalhista e inimigo histórico do presidente Michel Temer dentro do PMDB, o senador Renan Calheiros (AL) deve deixar a liderança do partido no Senado nas próximas horas desta quarta-feira (28), conforme o próprio parlamentar tem dito a interlocutores.

Nesta terça-feira (27), o senador, que mira também em sua candidatura às eleições para o Congresso em 2018, voltou a criticar as reformas do governo Temer e chegou a propor ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), um almoço "para conversar se vamos continuar com essa gente fingindo que governa o país".

No Plenário, Renan também criticou a permanência de Temer na Presidência da República diante das denúncias de corrupção apresentadas pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na sequência, o senador admitiu que poderia substituir os membros do PMDB na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), caso não houvesse adiamento da votação da reforma trabalhista.

"Passar a ideia de que nós vamos votar essa reforma amanhã [nesta quarta~feira] de qualquer jeito é muito ruim", disse Renan, em relação à pressa de Temer e de seus aliados no Senado para aprovar o relatório, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que é também líder do governo na Casa.

Jucá rebateu: Estranho é essa posição dele de dizer que vai mudar os membros [da CCJ]. Em reunião de bancada decidimos que as coisas ficariam como estão". Quem também fez coro contra Temer foi o senador peemedebista Garibaldi Alves (RS): "Liderança se conquista, não se impõe, não ameaça. Eu acho que Vossa Excelência está desrespeitando compromissos com a nossa bancada".

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