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"Temer usa linguagem de máfia", afirma Jandira Feghali

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Líder da oposição na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) disse nesta terça-feira (27), logo após o pronunciamento do presidente Michel Temer, que o peemedebista utiliza "linguagem de máfia" na tentativa de rebater a denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.

"Para além da linguagem de máfia que ele utilizou o tempo todo, o presidente Temer fala de ilação, de que precisava de provas robustas para denunciar a Presidência. Ele não pensou nisso na época do impeachment de Dilma Rousseff nem quando todas as provas contra todos os outros são inexistentes. Já contra ele há provas robustas, de dinheiro, de imagens, de gravações e tantas outras", comentou Jandira.

A parlamentar também criticou as acusações de Temer de que Janot teria recebido dinheiro quando o Ministério Público Federal (MPF) negociou as delações de executivos da JBS. À época, o vice-procurador Marcelo Miller, que já havia integrado a força-tarefa da Operação Lava, deixou o cargo e foi trabalhar no escritório de advocacia de Joesley Batista. Segundo Temer, Miller é próximo de Janot.

"Sem provas, Temer acusa o procurador-geral da República de ter recebido dinheiro. E ele fala a palavra “capanga”, um código de máfia, diz que colocou o país nos trilhos e parece que o trem pegou. É muita hipocrisia e cara de pau. O Brasil poderia ter sido poupado dessa fala pitoresco que o presidente Temer levou ao vivo, em rede nacional", disse a líder da oposição.