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Levantamento de agência de checagem mostra contradições de FHC

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Um levantamento da Agência Lupa, publicado nesta quinta-feira (15), apontou as diversas contradições nas declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em curtos intervalos de dias, o tucano deu declarações favoráveis e contrárias ao posicionamento do PSDB no governo de Michel Temer. 

FHC chegou a afirmar que "preferiria atravessa a pinguela [governo Temer], mas se ela continuar quebrando, será melhor atravessar o rio a nado", para declarar, dois dias depois, que o PSDB não tem mais condições de continuar na base aliada.

“Se tudo continuar como está, com a desconstrução contínua da autoridade [de Temer], pior ainda se houver tentativas de embaraçar as investigações em curso, não vejo mais como o PSDB possa continuar no governo”.

Eleições Diretas

Fernando Henrique também se contradisse ao opinar sobre a necessidade de eleições diretas, diante da crise do governo Temer. No ano passado, FHC reclamou a necessidade de "fazer uma emenda ao Congresso para a eleição direta porque eu não vejo como alguém novo, sem ter o leme na mão, legitimidade, vai fazer”. Na semana passada, no entanto, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, o ex-presidente disse que "uma emenda constitucional para antecipar eleições diretas representaria, neste caso sim, um 'golpe constitucional'".

Renúncia de Temer

Em meados de maio, FHC disse, sem citar Temer, que "se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar que são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia". Dias depois, já no início de junho, o tucano disse que não havia motivos para Temer renunciar: "Quando o presidente Temer falou e eu também quando escrevi não tinha conhecimento da gravação. Eu não creio que a gravação seja suficientemente forte para levar a destituição de um presidente (…) Não vi que houvesse um elemento decisivo".

>> Reportagem da Agência Lupa