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Mala que teria R$ 500 mil em propina foi entregue por Loures com R$ 35 mil a menos

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A mala devolvida na noite de segunda-feira (22), na sede da Polícia Federal de São Paulo, pelo deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), onde haveria R$ 500 mil em propina, estava com R$ 35 mil a menos, segundo o auto de apreensão da Polícia Federal, protocolado pela defesa de Loures no Supremo Tribunal Federal (STF). Haveria 9.300 cédulas de R$ 50, totalizando R$ 465 mil. Não há ainda uma explicação oficial para o valor ser menor do que o recebido da JBS.

A mala havia sido entregue a ele pelo diretor da JBS Ricardo Saud. Em delação, Joesley Batista, dono da JBS, havia afirmado que Rocha Loures foi indicado pelo presidente Michel Temer para tratar de assuntos de interesse da empresa. Na última vez que a mala havia sido vista, ela estava com Loures em um estacionamento em São Paulo, no dia 28 de abril. Câmeras mostraram ele entrando correndo em um táxi com a mala.

Loures teria recebido a mala em um restaurante nos Jardins, na capital paulista. Ele é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos do grupo J&F com o governo. Investigação indica que Temer citou Loures para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS.

A Polícia Federal filmou o deputado afastado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados pelo dono da JBS, Joesley Batista, após combinar pagamento semanal no mesmo valor pelo período de 20 anos. 

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