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STF: suspensão de inquérito contra Temer só será julgada após perícia no gravador

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Nesta segunda-feira (22), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu que o julgamento sobre o pedido de suspensão do inquérito sobre o presidente Michel Temer só será feito após a conclusão da perícia na gravador usado para gravar a conversa entre Temer e o dono da JBS, Joesley Batista.

No sábado (20), o ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso, decidiu levar a plenário o pedido da defesa de Temer para suspender o inquérito. A expectativa inicial era de que  o julgamento fosse realizado nesta quarta-feira (24), mas agora ele poderá ser adiado em função da decisão da ministra.

Cármen Lúcia destacou que o julgamento depende "do integral cumprimento" da perícia, e que levará o tema ao plenário assim que Fachin estiver habilitado a votar. "A gravidade e a urgência da deliberação do tema pelo plenário conduzem-me a liberar a pauta. Quando o ministro relator avisar estar habilitado a levar a questão, o pedido será julgado em sessão que será comunicada previamente aos ministros deste tribunal", afirmou a presidente.

Gravador

A Polícia Federal (PF) solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que seja entregue o gravador com o qual empresário Joesley Batista gravou a conversa com Temer no Palácio do Jaburu, em 7 de março deste ano. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a gravação será periciada. O pedido foi feito pela defesa de Temer.

O Instituto Nacional de Criminalística apontou que é fundamental ter acesso ao gravador para que a perícia na gravação seja feita. A PF reforça que não há prazo para a conclusão da perícia.

O advogado de Joesley, Francisco Assis, informou porém que o gravador está fora do país e chegará nesta terça-feira (23), pela manhã. Assis afirmou que o equipamento será levado diretamente para a Polícia Federal (PF) assim que chegar ao Brasil.

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