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Lava Jato: Antonio Palocci negocia delação premiada

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Preso na Operação Lava Jato desde setembro do ano passado, o ex-ministro Antonio Palocci decidiu negociar um acordo de delação premiada e, segundo a Folha de S.Paulo, avisou seu advogado de defesa, José Roberto Batochio, que ele terá que se afastar do caso. Segundo a Folha, esta foi uma exigência dos procuradores da Lava Jato, já que Batochio é contrário ao acordo.

No mês passado, durante depoimento ao juiz federal Sergio Moro, que coordena os processos da Lava Jato em primeira instância, Palocci pediu para que o Ministério Público Federal (MPF) aceitasse sua delação.

A expectativa lançada por Palocci, diante de Moro, é que suas revelações dariam pelo menos um ano a mais de trabalho aos investigadores: “Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil”.

“Fico à sua disposição hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o sr. quiser. Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o sr. determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato”, complementou o ex-ministro.

De acordo com a Folha, Palocci poderá dar detalhes, por exemplo, sobre a operação no Banco Panamericano, que o Jornal do Brasil já havia incluído, em nota publicada logo após a deflagração da Operação Conclave, no dia 19 de abril, como um dos escândalos, ao lado do Banco BTG Pactual, que promete provocar tremores ainda mais fortes que a Lava Jato no mercado financeiro.