Jornais do mundo todo repercutiram as manifestações que ocorreram em cidades brasileiras nesta sexta-feira (28), contra as reformas da Previdência e trabalhista defendidas pelo governo Michel Temer. A greve geral foi assunto em jornais como o americano The New York Times, que fez uma matéria com o título “Brasil tomado por greve geral contra medidas de austeridade”.
O jornal destacou que os sindicatos marcharam em resistência às medidas de austeridade propostas pelo governo do presidente Michel Temer, que, segundo o jornal, está “cheio de escândalos”.
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O árabe Al-Jazeera apontou que a greve contra as medidas do presidente Temer foram em âmbito nacional, ressaltando a posição dos sindicatos de que a greve foi um sucesso. E apontou também a adesão de milhões de trabalhadores de setores chave, como operários dos ramos automobilísticos, do petróleo, professores, carteiros e bancários.
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A agência de notícias Reuters lembrou que os sindicatos convocaram a greve para dar voz à fúria contra os esforços de Temer de empurrar as medidas de austeridade no Congresso, afirmando que são projetos de lei que enfraqueceriam as leis trabalhistas e realizar cortes ao “generoso” sistema de aposentadoria brasileiro.
Já a britânica BBC lembrou que é a primeira greve geral que atinge o país em duas décadas. E ressaltou que o país está passando por um escândalo de corrupção conectado a muitos políticos importantes, dando mais combustível à insatisfação pública.
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O jornal alemão Deutsche Welle, com a manchete “Brasil envolvido em uma greve de alcance nacional”, também apontou o envolvimento do governo brasileiro em escândalos de corrupção. “Quase um terço de seu gabinete e aliados no Congresso estão sob investigação por um grande escândalo que revelou níveis absurdos de corrupção no governo.
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Com a chamada “Uma greve geral desafia as reformas do governo brasileiro” o espanhol El País apontou que a greve encontrou “apoio inesperado para além do âmbito tradicional da esquerda”.
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