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Português procurado pela Interpol é extraditado para a Inglaterra

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Um homem de nacionalidade portuguesa procurado pela Interpol, organização de internacional cooperação policial, foi extraditado pela Polícia Federal (PF) ontem (26), em Pernambuco. O empresário Antônio Pedro de Oliveira Alves, de 45 anos, era procurado desde 2013 pela Justiça da Inglaterra, acusado de estuprar uma menina menor de 14 anos.

O caso foi divulgado hoje (27) pela Polícia Federal. A extradição ocorreu de forma passiva – quando o Estado requerido é o demandado – e os policiais estrangeiros levam o acusado. O português saiu do Recife rumo ao Rio de Janeiro, onde foi entregue a agentes ingleses que o levaram até a Inglaterra.

Antônio Pedro estava em situação migratória legal no Brasil e morava no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, município da Região Metropolitana do Recife (RMR), até ser preso em maio do ano passado, depois da troca de informações entre as corporações nacional e a inglesa. Ele é casado com uma pernambucana e tem uma filha brasileira de dois anos.

De acordo com a PF, no dia 6 de dezembro de 2011, um psicólogo procurou a polícia, na Inglaterra, para denunciar o que ouviu da adolescente de 14 anos. A menina disse que, no ano anterior, havia conhecido um homem pela internet, que fingiu ter 15 anos. Os dois marcaram um encontro, e ao chegar no local, a vítima encontrou o acusado, que a teria pressionado a entrar no carro, onde cometeu o estupro.

Durante a condução de Antônio, o empresário usava uma camisa com os dizeres “Fui acusado e condenado por um crime que nunca cometi”. O português alegou que o ato foi consentido e que a jovem se passou por adulta em um site de relacionamento, segundo a Polícia Federal. Ele também a acusou de fazer a denúncia com o objetivo de receber uma indenização paga pelo governo inglês para menores vítimas desse tipo de crime.

O julgamento do empresário ocorreu à revelia, em junho de 2013, sentenciado a 11 anos de prisão por estupro de vulnerável. Desde 2012, Ele morava no Brasil desde 2012, quando o processo já havia evoluído na Inglaterra e sua prisão preventiva poderia ser decretada.