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Líder do governo na Câmara diz que reforma da Previdência será aprovada

Projeto precisaria de mais votos do que os recebidos pela reforma trabalhista

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Após aprovação da reforma trabalhista, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), destacou que o governo deve convencer a base a votar a favor da reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. O texto-base da reforma trabalhista, contudo, foi aprovado com 296 votos, quantidade que seria insuficiente para aprovar a reforma da Previdência, já que esta lidaria com mudanças na própria Constituição do país. Neste caso, seriam necessários, no mínimo, 308 votos.

Questionado se o quórum da reforma trabalhista teria sido baixo, Ribeiro disse que o governo conseguiu uma “votação expressiva”. “Não considero um quórum baixo, considero um quórum alto, evidente que essa matéria não era constitucional, era uma matéria simples. Mesmo assim tivemos uma votação superior às votações que tivemos antes”, disse.

“Estamos vencendo as etapas do desafio que temos pela frente. Agora vem a etapa do convencimento, da explicação do texto do relator. Enquanto era para estarmos dedicados a reforma da Previdência, estávamos tratando da reforma trabalhista e agora vamos centrar força com os líderes todos [da base] sobre a reforma da Previdência”, disse.

>> Comissão adia votação do parecer da Reforma da Previdência para quarta-feira

O texto apresentado por Maia preservou o teor da proposta do governo, mas flexibilizou alguns pontos, entre eles o que estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres para a aposentadoria. 

Além disso, eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Maia fez ainda uma série de alterações após críticas e reivindicações de deputados da oposição e da base governista.

De acordo com o líder, após a aprovação dos projetos de terceirização e da reforma trabalhista, a alteração nas regras da Previdência será o terceiro “ajuste” promovido pelo governo. 

“Vencemos a terceirização e agora aprovamos com uma larga margem, porque era um projeto de maioria simples [a reforma trabalhista]. Agora, vencida essa matéria, vamos nos deter na votação da Previdência que é o terceiro e último ajuste nessa primeira fase que temos como desafio para o país”, disse.

Da Agência Brasil