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Ministério Público denuncia vizinho de fisioterapeuta assassinada no Recife

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, pelo estupro e assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo, de 28 anos, encontrada morta em seu apartamento no dia 5 de abril, em Boa Viagem, bairro do Recife. Edvan era vizinho da jovem e foi preso no mesmo dia em que a vítima foi encontrada. Um dos agravantes da denúncia é o feminicídio.

O comerciante foi acusado de cometer o homicídio de forma quadruplamente qualificada, ou seja, com quatro agravantes penais que estabelecem tempos de prisão maiores e indicam a gravidade do caso. As qualificações são emprego de meio cruel; ato cometido sem chance de defesa da vítima; assassinato para assegurar ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime (no caso, estupro); e feminicídio, que é a morte da jovem pelo fato de ser mulher.

Mirella foi morta com uma faca, depois de ser estuprada. Ela foi encontrada sem roupa, com corte profundo no pescoço e cortes nas mãos, o que indicaria, segundo a Polícia Civil (PC), que houve resistência. Os indícios que levaram até Edvan vão desde uma mancha de sangue na porta de seu apartamento, cujo exame de DNA identificou ser da fisioterapeuta, até material genético do vizinho, encontrado nas unhas da jovem, e fios de cabelo dele nas mãos da vítima.

A prisão preventiva de Edvan já havia sido decretada no dia 6 abril. O inquérito da Polícia Civil, apresentado no dia 12, indicava estupro e homicídio triplamente qualificado. O motivo do assassinato seria o estupro. O vizinho, que é casado, foi indicado por testemunhas como uma pessoa que assediava outras mulheres do edifício em que morava. Segundo nota divulgada pelo MPPE, a promotora de Justiça Christiana Ramalho se colocou a favor da manutenção da prisão, com o argumento de que a medida é necessária para garantia da ordem pública e a aplicação da lei.