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Brasil é o 103º país no ranking de liberdade de imprensa

País está entre os mais violentos da América do Sul para a profissão

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O Brasil ficou na 103ª posição no ranking mundial de liberdade de imprensa, que analisa 180 países, e foi divulgado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras em sua análise anual sobre violação de liberdades de jornalistas. Segundo a ONG, o Brasil continua sendo um dos países mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo.

No relatório, a ONG também afirma que a ausência de um mecanismo nacional de proteção para jornalistas em situação de risco, juntamente com o clima de impunidade - alimentado pela corrupção desenfreada e pela instabilidade política -, ilustrada pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, tornam mais difícil a atividade jornalística no país.

A organização criticou ainda o panorama da mídia que, segunda ela, continua altamente concentrado, "especialmente em torno de grandes famílias industriais, muitas vezes próximas à classe política". Em 2015, o Brasil chegou a ocupar a 99ª posição da classificação, mas despencou. O primeiro lugar do ranking ficou para a Noruéga, que atualmente é considerada livre de qualquer censura ou pressão política, além de a violência contra profissionais da comunicação ser raríssima.

Em contrapartida, o último lugar foi ocupado pela Coreia do Norte, que vive desde 2012 sob o regime ditatorial de Kim Jong-un. Os Estados Unidos ficaram em 43º no ranking geral. Na Europa, o 16º lugar foi para a Alemanha, o 39º para a França e o 40º para o Reino Unido. A Itália, por sua vez, ficou em 52ª posição. A ONG afirmou que o país ainda tem um nível de violência contra jornalistas, além de estes sofrerem ameaças da máfia e forte pressão política.

Na América Latina, a Argentina ficou em 50º lugar, enquanto a Venezuela ficou com a 137ª posição.